sábado, 12 de abril de 2008

Prendendo a liberdade em sua própria prisão

Por: Niilista.
Coluna: Anemia por Ingestão de Isopor Salgado.

A liberdade está em nossos conceitos básicos de conquista e mal a entendemos. O próprio sentimento potencial de desejo por ela nos da uma visão limitada de libertação, tal perspectiva de “homem livre” e que se afastando, renunciando, superando... Tornara-se um homem que se diz livre, esta é a condição, mas nem se sabe que isso depende de seu carcereiro e do que a força negativa lhe causa. O homem está preso a sua felicidade, como um sonhador ao seu sonho, um enfermo a sua patologia. Então a liberdade inexiste pelo simples fato de estarmos presos a um sentimento e ação que nos causa essa sensação.
Um homem idealista é um homem preso e um homem sem isso nada é. A própria idéia de liberdade esta presa ao “mal”, ao negativo, ao imposto... Não se trata exatamente de um equilíbrio, porque nem tudo que nos causa a sensação de prisão é de todo mal e nem toda a liberdade é de todo bem ou de todo certo. O que quero indagar é a interdependência entre prisões e realizações. Condição primaria inaceitável para o bem-estar do “eu” que almeja chegar a certo horizonte, só que a própria vontade que lhe impele o escraviza.
A insatisfação é grade e sem ela o homem existiria pelo simples fato mecânico de putrefação. Este é o ponto resolutivo o homem é preso à liberdade. Um homem tende a alimentar suas prisões com prisões opostas, ou se corrói maximizando o seu estado. Um fenômeno de mera ilustração seria o caso do solitário que procura uma companhia achando que será a redenção de seu sofrimento ou poderia, em casos frustrados, se afundar na impotência que esse sentimento lhe causa.
Então meu caro leitor confuso, a liberdade foi lhe ensinada, você é livre a partir do ponto que comanda sua vida, desatando-se de seus conceitos. Você esta preso a essa idéia! Existe também a liberdade trivial, do qual necessitamos todos os dias, da criança de ir para escola só e a liberdade de estar só, dentre outras banalidades do dia-a-dia. Poderia postergar este assunto demasiadamente, mas me canso de tão inútil o que escrevo e pela preguiça que me toma as pontas dos dedos fico por aqui.

(*) A repetição de certas palavras, são propositais para indagar o meu pensamento.
(**) A imagem publicada se trata do quadro La condición humana, do pintor René Magritte.

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